Foto: Arquivo Pessoal.
A policial trans Lumen Müller Lohn terá de realizar teste de “capacidade moral e profissional” para se manter na ativa da Polícia Militar (PM) de Santa Catarina. A determinação foi publicada na edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE) da última segunda-feira, 24.
A decisão de convocar Lumen para a realização do teste foi assinada pelo governador catarinense, Jorginho Mello. No mesmo ofício, o governante manda dois tenentes coronéis da PM realizarem o mesmo teste.
Apesar de não ser a única a ter de passar pelo teste — que poderá provocar a sua aposentadoria — a policial trans acusa o governador de preconceito.
“A questão do preconceito, para mim, é bastante clara”, afirma Lumen, segundo o site SBT News. “O processo foi instaurado em novembro [do ano passado], eu iniciei a transição em setembro. O vínculo temporal é muito claro para mim”, prosseguiu a major.
PM nega preconceito contra a policial trans
Em nota, a PM de Santa Catarina afirma que foi comunicada da transição de gênero por Lumen em janeiro deste ano. De acordo com a corporação, o procedimento contra a agora servidora foi aberto um mês antes.
Hoje se apresentando com uma policial trans, Lumen Müller Lohn está na Polícia Militar catarinense desde 1998. Especialista em tecnologia de comunicações, atualmente ocupa o cargo de chefe da Secretaria e Divisão Administrativa na Diretoria de Saúde e Promoção Social.
Créditos: Revista Oeste.