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O ministro da Educação, Camilo Santana, disse neste domingo (23.abr.2023) que secretários de educação dos Estados pediram para o governo federal não revogar o Novo Ensino Médio. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não fala em cancelar a reforma, apesar da pressão de entidades que representam educadores e estudantes.
“Os secretários estaduais de educação do Brasil fizeram um ofício, uma carta pedindo para que não revogasse [o Novo Ensino Médio]. Pedindo para que resolvesse os problemas, melhorasse a implantação”, afirmou Santana em entrevista a jornalistas.
Em 5 de abril, o cronograma de implementação do Novo Ensino Médio foi suspenso por 60 dias. Um grupo de trabalho está avaliando os impactos da mudança para propôr melhorias. O objetivo do governo federal, segundo a portaria, é “abrir o diálogo” com a sociedade civil e profissionais da educação.
Santana está em Lisboa como integrante da comitiva do presidente Lula em viagem à península ibérica. No sábado (22.abr), foram assinados 13 acordos entre Brasil e Portugal na 13ª Cúpula Luso-Brasileira, sendo 2 em educação:
- criação da Escola Portuguesa de São Paulo;
- concessão de equivalência para ensino fundamental e médio a migrantes brasileiros em Portugal e vice-versa.
Na 3ª feira (25.abr), o grupo segue para Madri, na Espanha. Lá, são esperados outros 4 acordos em áreas diversas.
NOVO ENSINO MÉDIO
O Novo Ensino Médio foi criado pelo governo de Michel Temer (MDB), em 2017. Conforme o cronograma, as mudanças começaram a ser colocadas em prática em 2022.
Em 7 de março, a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), o Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e outras entidades de trabalhadores do setor reuniram-se com o presidente Lula no Palácio do Planalto. Eles pediram a revogação do Novo Ensino Médio.
Estudantes protestam contra Novo Ensino Médio pelo país
O objetivo do projeto era tornar a etapa de ensino mais atrativa, além de ampliar a educação em tempo integral. Porém, sua implementação enfrenta desafios estruturais, resistência e desconhecimento por parte da população.
Créditos: Metrópoles.