foto: Adriano Machado/Reuters (17.dez.22)
José Múcio Monteiro admite mudanças, mas condena extinção da pasta; sugestão de eliminação do órgão chegou a ser discutida durante a transição de governo e voltou ao debate após queda de ministro
Após a queda do general Gonçalves Dias do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, defendeu a existência do GSI no governo. A declaração foi dada a jornalistas em Lisboa, Portugal, nesta sexta-feira (21).
“Pode até mudar de nome. Usar outro nome. Outra sigla. Mas tem de haver. É necessário. Aquilo [GSI] é um instrumento de trabalho de apoio ao presidente da República”, disse.
A saída de Dias da função retomou discussões, entre aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre uma eventual extinção do GSI.
Interlocutores de Lula defendem, desde a transição, que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a segurança presidencial sob comando da Polícia Federal sejam alocadas em uma nova secretaria a ser criada diretamente no Palácio do Planalto.
Ao ser perguntado sobre manter um militar ou indicar um civil para o cargo, Monteiro disse que não é uma decisão que lhe cabe, mas sugeriu ser necessário manter o cargo sob o comando de um militar. “Acho que mexer muito, agora não…”, respondeu.
Atualmente, o cargo está interinamente ocupado por Ricardo Cappelli, secretário-executivo do ministério da Justiça, ex-interventor de segurança do Distrito Federal por razão do 8 de janeiro.
CNN Brasil