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Presidente da República fez a declaração a jornalistas em Abu Dhabi, pouco antes de embarcar de volta ao Brasil; antes, o petista repetiu a mesma opinião em Pequim
Em mais uma declaração sobre a Guerra da Ucrânia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a repetir, neste sábado (16) que responsabilidade do conflito é tanto dos ucranianos quanto dos russos. Além disso, voltou a acusar os Estados Unidos e a Europa de prolongarem a guerra com o fornecimento de armas.
O petista tem defendido a criação de uma espécie de G-20 para encontrar uma saída para a paz entre Moscou e Kiev. O grupo seria formado por nações que não estão envolvidas diretamente no conflito. O Brasil tem se recusado a fornecer armas para os ucranianos, a exemplo do que fazem os europeus e os Estados Unidos.
“A construção da guerra foi mais fácil do que será a saída da guerra, porque a decisão da guerra foi tomada por dois países. E agora o que estamos tentando construir é um grupo de países que não tem envolvimento com a guerra, que não quer a guerra, que desejam construir paz no mundo, para conversarmos tanto com a Rússia quanto com a Ucrânia, declarou Lula antes de encerrar sua viagem a Abu Dhabi. Antes de passar pelos Emirados Árabes, o mandatário fez viagem que teve como destino principal a China. Em Pequim, ele fez a mesma declaração sobre a Guerra entre Rússia e Ucrânia. No encontro com Xi Jiping, porém, ele não deixou claro se convidou o líder chinês para fazer parte do “grupo de paz”.
Em janeiro, durante visita do chanceler alemão Olaf Scholz ao Brasil, Lula chegou a dizer que a Rússia estava errada em invadir o país vizinho, mas também sinalizou para culpa na própria Ucrânia. “Continuo achando que quando um não quer, dois não brigam”, afirmou. Em maio de 2022, ele também declarou que o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski seria “tão culpado quanto o (Vladimir) Putin”, presidente russo, pelo conflito.
O início da guerra, no entanto, se deu quando bombas russas foram lançadas contra alvos militares em Kiev, Kharkiv e outras cidades no centro e no leste da Ucrânia, nas primeiras horas de 24 de fevereiro de 2022. O presidente Vladimir Putin havia autorizado uma operação militar na região, segundo o ministério da Defesa da Rússia.
(com informações de agências e do Estado de S. Paulo)