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Fontes diplomáticas e militares relataram à CNN que a Rússia pediu a proibição da venda de artilharia anti-aérea do Brasil para a Alemanha e que seria repassada para a Ucrânia. O pedido do presidente russo, Vladimir Putin, foi atendido pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Trata-se da munição para o sistema móvel antiaéreo Gepard, que foi adquirido pelo Brasil do Exército alemão para a segurança e defesa do país durante a Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas do Rio, em 2016.
Na mesma negociação, o Exército brasileiro adquiriu também tanques Leopard I.
No entanto, não houve necessidade nesses grandes eventos de utilização desses equipamentos, e os militares brasileiros passaram a avaliar um destino para as munições.
As saídas possíveis implicavam alto custo. Uma delas, seria utilizar o armamento em treinamentos, mas isso implicaria um alto gasto de manutenção dos canhões que disparam a munição.
Outra saída seria simplesmente se desfazer do material, o que também acarretaria em gastos elevados, em especial para evitar danos ambientais.
Para dificultar ainda mais, o negócio, como em muitas transações militares, tinha uma cláusula de “end user”, ou seja, apenas o comprador poderia ser seu destinatário final.
Isso levou o governo a considerar revender a munição para a Alemanha, para que o país europeu a repassasse para o Qatar, interessado no armamento para utilizá-lo na segurança da Copa do Mundo de 2022.
No meio dessa negociação estourou a guerra da Ucrânia e ela foi suspensa.
Nas últimas semanas, houve uma solicitação de munição da Ucrânia para a Alemanha, e o governo alemão de Olaf Scholz fez a proposta para o governo brasileiro. O governo russo e Vladmir Putin soube e se colocou contra a transação.
CNN