Foto: Divulgação/Grupo Petrópolis
Empresa informou que está em crise há 18 meses
A Justiça do Rio de Janeiro aceitou, na quinta-feira 13, o pedido de recuperação judicial do Grupo Petrópolis. A decisão é da juíza Elisabete Longobard, da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
A companhia afirma ter dívidas que chegam a R$ 4,2 bilhões. Desse total, R$ 2 bilhões fazem parte do déficit observado em operações financeiras e R$ 2,2 bilhões dizem respeito a dívidas com fornecedores e terceiros, de acordo com o pedido encaminhado à Justiça.
O Grupo Petrópolis afirma estar em crise há mais de um ano — 18 meses no total —, em decorrência da queda do volume de vendas que ocorre desde 2021. A produção da cervejaria também teve forte redução, passando de pouco mais de 31 milhões de hectolitros de bebida vendidos em 2020 para 24 milhões em 2022.
Outro ponto destacado pelo Grupo Petrópolis está no aumento da taxa Selic, hoje em 13,75%, que gera um impacto de aproximadamente R$ 395 milhões por ano no fluxo de caixa da empresa.
Justiça aceita penhora do Grupo Petrópolis
A Cervejaria Petrópolis, dona de marcas como Itaipava e Crystal, afirmou que conseguiu a penhora de R$ 70 milhões contra o Banco Santander. A medida ocorreu no âmbito da recuperação judicial da fabricante de bebidas.
Em um comunicado à imprensa, a Cervejaria Petrópolis afirmou que o Santander “reteve indevidamente cerca de R$ 65 milhões, impedindo que os empregados da empresa recebessem seus salários nesta quinta-feira”. De acordo com a empresa, o bloqueio impediu o pagamento de 24 mil colaboradores, cujo processamento é feito pelo próprio banco.
A penhora, segundo a fabricante de bebidas, determina que o Santander realize os pagamentos devidos aos trabalhadores. A Justiça ainda determinou que estão “vedadas novas apropriações sobre os valores destinados pelas recuperadas para essa finalidade”.
Revista Oeste