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O jornal norte-americano Washington Postdestacou, na quinta-feira 13, na primeira página de seu site uma reportagem com críticas à visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China.
A publicação observa a postura de Lula nos três primeiros meses do mandato contrária à política do “Ocidente”. Destacou que o presidente brasileiro se recusou a condenar a invasão da Ucrânia, permitiu que navios de guerra iranianos atracassem no Rio de Janeiro e enviou um conselheiro para se encontrar com representantes da ditadura venezuelana.
Segundo o jornal, a viagem de Lula à China acontece “em um momento em que as relações entre Washington e Pequim se tornam cada vez mais tensas”. A reportagem ainda afirmou que o Brasil está ajudando os chineses a impulsionarem sua moeda sobre o dólar “para superar a ordem internacional liderada pelos EUA”.
Ainda conforme o Washington Post, a eleição de Lula promoveu o otimismo de que o Brasil poderia ser “parceiro na promoção de normas democráticas” no Hemisfério Ocidental.
“Mas, em vez disso, Lula está lembrando o mundo de sua abordagem à política externa — que, de acordo com seu primeiro mandato, prioriza o pragmatismo e o diálogo, e mostra pouca preocupação sobre se isso antagoniza a Washington ou ao Ocidente.”
O texto também criticou o bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS). “Nenhum dos países atualmente impõe sanções à Rússia”, escreveu. A reportagem também citou uma declaração do embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, que descreveu os BRICS como “um catalisador para mudar o sistema de governança global”.
“Pequim saudou a visita de Lula como uma chance de avançar o impulso de Xi Jinping para posicionar a China como líder de uma ordem mundial que não é limitada por Washington.”
Revista Oeste