Ilustração: Montagem Revista Oeste/Shutterstock.
A Polícia Judiciária de Portugal investiga um possível envolvimento de advogados portugueses com narcotraficantes brasileiros ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
A desconfiança começou em dezembro de 2022, quando advogados criminalistas de um escritório em Portugal passaram a defender e visitar o ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul Sérgio Roberto de Carvalho, de 64 anos de idade, o “Major Carvalho”. Na época, o ex-policial estava em uma prisão na Hungria.
Na Europa, Major Carvalho é popularmente conhecido como o “Escobar brasileiro”. Ele é famoso por ter movimentado R$ 2,2 bilhões no envio de 50 toneladas de cocaína para o Velho Continente. O ex-policial está preso em Budapeste desde 21 de junho do ano passado e é classificado pela Polícia Internacional (Interpol) como líder de uma das maiores redes de tráfico de drogas do mundo.
A imprensa portuguesa noticiou que um dos advogados alvo da diligência portuguesa responde por 13 crimes, como coação e favorecimento pessoal.
O Ministério Público acusa três advogados de trabalhar durante um ano e meio para a rede de narcotraficantes, a fim de evitar que os clientes presos por tráfico de drogas e roubo de carros denunciassem os chefões da quadrilha.
No Brasil, há um termo chamado “Sindicato dos Gravatas” — esquema em que advogados considerados braço jurídico da facção trabalham como “pombos-correio” e usam de suas funções para transmitir recados para criminosos dentro e fora da prisão.
Há rumores de que o mesmo escritório de advocacia em Portugal também defenderia o narcotraficante brasileiro Ivan Cardoso Slavov. O criminoso seria integrante do PCC detido na prisão de segurança máxima de Monsanto, em Portugal, e teria ligações com o Major Carvalho.
Créditos: Revista Oeste.