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Drake nem chegou a pousar no Brasil, mas os eventos cancelados no país seguem rendendo assunto. Nesta sexta-feira (31/3), o jornal Folha de S.Paulo publicou uma matéria em que organizadores de uma festa pós-Lollapalooza, a qual Drake teria, supostamente, cancelado participação, não teriam recebido a devolução do cachê.
No entanto, a coluna LeoDias acionou fontes ligadas ao rapper que negaram ter recebido qualquer valor pela participação e disseram que Drake sequer sabia da existência do evento. Além disso, este espaço também confirmou com uma das pessoas ligadas ao evento que as negociações nunca chegaram a existir e a confirmação da presença do rapper no evento era para vender ingressos.
Venda de ingressos superfaturados usando Drake como atração
Segundo uma pessoa ligada ao evento, a ideia de confirmar Drake como atração era uma forma de fazer as pessoas comprarem as entradas para o show. Os ingressos estavam sendo comercializados a um preço salgado: a partir de R$ 550.
Após a venda ser iniciada, poucos dias antes do evento, organizadores da festa procuraram diferentes veículos de imprensa, incluindo a coluna LeoDias, para divulgar que o rapper teria cancelado a apresentação. O evento ocorreu no Hangar do Campo de Marte, em São Paulo, no domingo (26/3), mesmo dia em que o rapper se apresentaria no Lollapalooza.
Não era show, era cilada
Fontes ligadas ao rapper asseguram que o cantor não havia confirmado participação em qualquer evento além do Lollapalooza. Por outro lado, a empresa DL7 pagamentos, responsável pelo after party do Lolla, afirmou que desembolsaram mais de R$ 1 milhão, pouco menos de 200 mil dólares, para assegurar a presença do rapper.
Leandro D’Lucca, um dos representantes da empresa, disse ao jornal Folha de S.Paulo, que o contrato previa a presença do cantor no local por 1h30 e ele também faria dois publiposts para divulgar o evento em suas redes sociais. No entanto, é aí que as coisas começaram a ficar confusas.
Como a coluna revelou anteriormente, Drake fechou contrato com Lollapalooza no valor de U$ 4 milhões, mais de R$ 20 milhões seguindo a cotação atual. O tempo do show era consideravelmente menor à presença do rapper no after party do evento: apenas 50 minutos.
Este espaço também apurou que em 2020, o rapper fechou um contrato para se apresentar em festas no hotel Wynn em Las Vegas, em condições semelhantes às propostas do after party do Lollapalooza. No entanto, os valores envolvidos nas negociações eram consideravelmente maiores.
O contrato fechado na época incluía um pacote de 12 festas, uma por mês. O rapper recebeu 3 milhões de dólares por festa, um valor bem maior do que os 200 mil dólares que o evento em São Paulo teria supostamente pago ao rapper.
A coluna procurou Leonardo D’Lucca, da DL7 Pagamentos, para prestar esclarecimentos sobre o caso, mas não obteve contato até o fechamento desta matéria.
Créditos: Léo Dias/Metrópoles.