O RJ2 teve acesso a cenas de uma espécie de “faroeste” dentro de um bar, em um domingo, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. O que deveria ser uma noite de diversão se transformou em pancadaria e tiroteio, com vários frequentadores armados. Quatro pessoas ficaram feridas, uma delas perdeu a perna.
As imagens, apesar de gravadas em janeiro de 2022, só chegaram em fevereiro deste ano às mãos das autoridades, que tentam identificar parte dos envolvidos.
A situação começa a partir de uma briga, em que alguns envolvidos puxam armas para apartá-la. Mas o grupo não se dissolve e parece aumentar. A maior parte das pessoas parece querer separar.
Um outro homem, no entanto, opta por jogar uma cadeira no grupo, mas é impedido enquanto a briga segue. Alguns dos envolvidos sacam armas, mas o movimento não surte efeito, nem choca nenhum dos frequentadores.
Um outro homem, que estava sentado bebendo uísque, puxa duas armas, aponta, mas não atira. Aos poucos, a confusão parece diminuir, como mostra o vídeo acima, mas ainda há muita agitação em pontos do bar.
Tiroteio do lado de fora do bar
Quando a situação parece contida, uma correria começa. Uma câmera mostra que um homem atira de fora pra dentro do bar. São vários tiros. Um homem que está na varanda, segurando uma cerveja, revida.
As pessoas ficam desesperadas, correm para dentro do estabelecimento. Quatro pessoas ficaram feridas. Uma delas é André Luiz da Silva Ferraz, que no vídeo aparece de camiseta amarela. Ele perdeu a perna esquerda após ser atingido.
O outro ferido é Fernando Carlos da Costa, também atingido na perna. A pessoa que cai baleada na varanda é Rafael Rosa de Macedo.
Rafael aparece na cena da briga e estava com o sargento da polícia militar Kleber Maciel. Foi o grupo que estava com o PM que partiu para briga.
O homem de boné que saca a arma e não larga a cerveja é o policial penal Carlos Eduardo Serra da Silva. Ele também é considerado vítima de tentativa de homicídio.
Uma mulher também está entre os feridos. Ela é Paula Nascimento de Souza, mulher de Felipe Augusto Cancellas, que aparece pagando a conta no bar e é acusado de estar do lado de fora atirando contra o estabelecimento.
Justiça quer mais imagens
As imagens que mostram o caos no bar só chegaram até a Justiça em fevereiro deste ano, mesmo depois de dois mandados de busca e apreensão feitos à dona do estabelecimento.
As imagens vão integrar um processo no 3ª Tribunal do Júri, em que o PM Felipe Cancellas responde por quatro tentativas de homicídio e uma lesão corporal.
A juíza do caso acredita que existam outras imagens que podem ajudar a identificar mais envolvidos e já determinou a apreensão do HD que grava todo o circuito de câmeras do bar.
O policial militar Felipe Cancellas está preso desde o dia do crime.
G1