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Cena ocorreu durante entrevista coletiva na Espanha
Em coletiva de imprensa na Espanha nesta quarta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a alegar não ter entendido a pergunta de um repórter ao ser confrontado com um questionamento sobre a guerra na Ucrânia.
Na ocasião, o petista foi indagado em espanhol, com tradução simultânea para o português, se, em sua avaliação, a Crimeia pertencia à Ucrânia ou à Rússia e se ele pediu à Espanha que parasse de fornecer armas para o país invadido, como ele havia defendido durante sua visita à China.
– Você fala de negociar, abrir mão. E eu gostaria de saber se você considera que a Crimeia e Donbass é da Rússia ou da Ucrânia. E também saber se você pediu à Espanha que deixasse de vender armas [para a Ucrânia] e passasse a fazer parte da equipe de mediação e negociação – interpelou um jornalista.
Lula, por sua vez, disse:
– Eu queria confessar que eu não entendi, eu não entendi a pergunta feita para mim. Se o companheiro puder responder… perguntar novamente porque eu não entendi a pergunta – pediu.
A cena é semelhante à que ocorreu em Portugal, no último sábado (22), quando, ao lado do presidente Marcelo Rebelo de Sousa, Lula foi questionado se mantinha sua posição de que países da Europa têm contribuído para a guerra na Ucrânia. Na ocasião, o petista se esquivou afirmando não ter compreendido a pergunta, feita em português europeu.
Na coletiva desta quarta, após o jornalista espanhol repetir o questionamento, o petista respondeu que não cabe a ele decidir de quem é a Crimeia.
– Eu acho que quando você sentar numa mesa de negociação, você pode discutir qualquer coisa, até a Crimeia. Mas não sou eu que vou discutir isso, quem tem que discutir isso são os russos e ucranianos. Primeiro para a guerra, depois vamos conversar o que vai resolver. Cada um acha que tem razão, cada um acha que pode mais, o dado concreto é que o povo está morrendo – disse o presidente do Brasil.
Lula ainda afirmou que a Espanha fará em relação ao conflito o que bem decidir, sem interferência do Brasil, mas disse desejar a participação do país em um “time de paz”.
Confira o momento abaixo:
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