A Polícia Federal realiza nesta quarta-feira (12) uma operação com cooperação internacional que objetiva desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. São cumpridos 33 mandados de prisão em seis estados e 49 de busca e apreensão em nove estados.
A operação é chamada de “Match Point”. Segundo a PF, um dos líderes da organização criminosa é um cidadão da Islândia que mora no Brasil.
Os crimes investigados são lavagem e ocultação de bens, organização criminosa e tráfico internacional de drogas com associação ao tráfico. As penas cumuladas desses crimes podem chegar a mais de 40 anos de prisão, de acordo com a PF.
A polícia afirmou que o grupo criminoso se dividia em duas grandes células com ramificações em várias cidades brasileiras, em especial nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Cerca de 250 policiais federais atuam na ação.
Além disso, foi realizado o bloqueio de contas bancárias de 43 pessoas físicas, sequestro de 57 imóveis e de diversos veículos e embarcações. Os bens sequestrados na operação podem superar os R$ 150 milhões.
Há autorização judicial para o acompanhamento da deflagração da operação por representantes da polícia da Islândia.
Mandados
Mandados de busca e apreensão: 49 em nove estados
- Santa Catarina – 10 em Florianópolis
- São Paulo – 4 em Campinas, 3 em Limeira, 2 em São Paulo, 1 em Hortolândia, 1 em Piracicaba, 1 em Sumaré, 1 em São Pedro
- Rio de Janeiro – 8 no Rio de Janeiro e 4 em Niterói
- Minas Gerais – 3 em Belo Horizonte, 2 em Montes Claros e 1 em Contagem
- Bahia – 3 em Porto Seguro
- Paraíba – 1 em Cabedelo
- Rio Grande do Norte – 1 em Tibau do Sul e 1 em Parnamirim
- Pernambuco – 1 em Recife
- Goiás – 1 em Goiânia
Mandados de prisão preventiva: 33 em seis estados
- Santa Catarina – 7
- São Paulo – 11
- Rio de Janeiro – 6
- Minas Gerais – 5
- Bahia – 3
- Ceará – 1
Sequestro de imóveis:
- Santa Catarina – 17
- São Paulo – 26
- Bahia – 11
- Rio de Janeiro – 3
A investigação ainda procura por outros 19 imóveis.
Investigação
O islandês apontado pela PF como um dos líderes da organização criminosa já tinha sido investigado antes pela própria polícia do país europeu.
Para a realização da operação desta quarta, a PF fez cooperação com a Itália, através da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), e com a Islândia, junto à Agência da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol).
Já houve prisões durante as investigações. Foram sete em flagrante, com a apreensão de 65 quilos de cocaína e 225 quilos de skunk. A PF não divulgou em quais cidades foram essas prisões.
G1