Cerca de 170 integrantes do movimento invadiram propriedade rural em Macajuba
As invasões de propriedades agrícolas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) continuam acontecendo na Bahia. Na madrugada de domingo (12), um grupo de aproximadamente 170 famílias invadiu uma fazenda no município de Macajuba, na região da Chapada Diamantina.
A informação sobre a mais nova invasão de terra foi divulgada pelo próprio movimento, via redes sociais. A fazenda em questão tem 1.400 hectares e, de acordo com o grupo, estaria abandonada há décadas.
Segundo informações da imprensa local repassadas ao Canal Rural Bahia, a propriedade em questão pertence a herdeiros. O terreno invadido estaria, dessa forma, em processo de divisão.
Ao longo desta segunda-feira, moradores e produtores da região estiveram na propriedade com a intenção de expulsar os integrantes do movimento.
A Polícia Militar foi chamada para fazer a segurança e mediar a comunicação entre os grupos, mas, até o início da noite, não havia notícias sobre a desocupação da propriedade.
MST ameaça realizar mais invasões
Na mesma publicação em que anuncia a invasão de uma fazenda em Macajuba, o MST ameaça invadir outras propriedades na mesma região ao decorrer deste mês. Dirigente do MST na Chapada Diamantina, Simone Souza afirma que esses atos farão parte do que o grupo está chamando de “Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra”. Além disso, sem apresentar dado algum, ela teceu ofensas ao agronegócio brasileiro.
Essa não é a primeira invasão de terra liderada recentemente pelo MST na Bahia. No início de março, integrantes do movimento invadiram quatro fazendas pertencentes à empresa Suzano Papel e Celulose. Os terrenos foram desocupados após o governo, por meio do ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), anunciar a criação de “mesa de negociação”.
Enquanto Teixeira negociou com invasores de terra, outro membro do primeiro escalão do governo federal repudiou a onda de invasões de terra que se iniciou em fevereiro. De acordo com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, que não irá concordar com esse tipo de ação “em hipótese alguma”.
Foto: MST/Instagram/reprodução