Fenômeno se formou na Austrália, atravessou o Oceano Índico e atingiu o continente africano em 21 de fevereiro
O ciclone Freddy, que está seguindo um caminho pouco comum, deixou mais de cem mortos em Moçambique e Malawi, onde foi declarado o estado de catástrofe, informaram as autoridades nesta segunda-feira (13).
Pelo menos 99 pessoas morreram no Malawi, um dos países mais pobres da África, apontou a agência de catástrofes.
O balanço anterior oferecido pelas autoridades e pela Cruz Vermelha dava conta de pelo menos 66 mortos nesse país e quatro em Moçambique. Os números ainda podem aumentar.
Em várias regiões do sul do Malawi, as autoridades declararam estado de catástrofe, incluindo a capital econômica Blantyre, anunciou a Presidência.
O chefe de Estado, Lazarus Chakwera, “constatou, com grande inquietude, a devastação que o ciclone Freddy está provocando em muitos distritos […] e declarou o estado de catástrofe” no sul, diz um comunicado.
Freddy se formou em frente ao noroeste da Austrália na primeira semana de fevereiro e poderia se converter no ciclone tropical mais duradouro já registrado, segundo a OMM (Organização Meteorológica Mundial), uma agência das Nações Unidas.
O ciclone atravessou todo o sul do Oceano Índico e atingiu Madagascar em 21 de fevereiro, antes de chegar à Moçambique no dia 24.
Naquele momento, já havia deixado 17 mortos e milhares de desalojados.