Denúncias acusam o regime de Vladimir Putin de sequestrar crianças e adolescentes ucranianos
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O Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia, na Holanda. planeja abrir duas investigações contra a Rússia, por crimes de guerra. Os dois primeiros casos representam as primeiras acusações internacionais a serem apresentadas desde o início do conflito e ocorrem após meses de trabalho de equipes especiais de investigação.
A primeira denúncia acusa Moscou de sequestrar crianças e adolescentes ucranianos para encaminhá-los a lares adotivos, com o objetivo de se tornarem cidadãos russos enviados para campos de reeducação.
A segunda denúncia se refere a ataques implacáveis da Rússia à infraestrutura civil ucraniana, incluindo abastecimento de água e gás e usinas elétricas, que estão longe dos combates e não são considerados alvos militares legítimos.
Karim Khan, promotor-chefe do Tribunal, deverá apresentar as acusações a um painel de juízes de “pré-julgamento”, que decidirá se os padrões legais foram cumpridos para a emissão de mandados de prisão ou se os investigadores precisam de mais provas.
Embora o tribunal não tenha divulgado quem serão os possíveis alvos, alguns diplomatas disseram que é possível que o presidente Vladimir V. Putin, da Rússia, seja acusado, já que o tribunal não reconhece imunidade para um chefe de Estado, em casos envolvendo crimes de guerra, crimes contra a humanidade ou genocídio.
O Kremlin negou as acusações de crimes de guerra, mas os investigadores internacionais e ucranianos reuniram fortes evidências de uma série de atrocidades desde os primeiros dias da invasão.