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Um estudo realizado por pesquisadores do programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) constatou que a exclusão do feijão na dieta está associada ao ganho de peso e ao desenvolvimento de obesidade.
O trabalho, realizado pela pesquisadora Fernanda Serra Granado e orientado pelo professor Rafael Moreira Claro, mostrou que o grupo que excluiu o alimento teve 10% mais de possibilidade de desenvolver excesso de peso e 20% mais de risco de desenvolver obesidade. Por outro lado, o consumo regular de feijão, em cinco ou mais dias da semana, apresentou fator de proteção no desenvolvimento de excesso de peso (14%) e obesidade (15%).
O aumento de peso estaria relacionado à substituição do alimento por produtos ultraprocessados.
No Brasil, é possível encontrar entre vários tipos de feijão: o adzuki; feijão-carioca; feijão-preto; feijão-branco; feijão-fradinho; rajado; e feijão-verde. Segundo a nutricionista Natália Lopes, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, os feijões, pertencentes ao grupo das leguminosas, são alimentos que contêm proteína, pouca gordura, carboidratos (principalmente amido) e fibras.
Além disso, é possível encontrar nos grãos vitaminas e minerais — entre os principais, o folato, o fósforo, o ferro e o zinco. Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, é possível encontrar nos feijões, também, vitaminas do complexo B e cálcio. A alta carga nutricional presente neles ajuda a manter a saciedade e a regular o funcionamento intestinal, conforme descrito no documento.
Ricos em fibras, eles auxiliam na obsorção de gorduras, ajudando no controle de colesterol, e, por seu baixo índice glicêmico, estão associados à menor ocorrência de obesidade e doenças crônicas não transmissíveis.
Nutricionalmente, os feijões apresentam poucas diferenças em seus tipos — são mais distinguidos pela cor, formato e sabor.
De acordo com a nutricionista, o feijão com maior quantidade de proteínas é o fradinho, que contem 5,1 g de proteína para cada 100 g do feijão, enquanto o carioca e o preto têm, na mesma quantidade, 4,8 g e 4,5 g de proteína, respectivamente.
Ela explica que o mesmo ocorre com outros nutrientes. Com relação ao ferro, por exemplo, o preto é o campeão, mas apresenta apenas 0,2 mg a mais que o carioca. Entretanto, ela ressalta que o tipo de ferro presente nas leguminosas é pouco absorvido pelo nosso corpo, devendo ser consumido com fontes de vitamina C, como uma laranja.
Créditos: R7.