Foto: NASA.
A lua galileana apresenta uma superfície congelada, com diversas rachaduras e marcas que podem indicar atividade no satélite.
Por muito tempo se acreditou que essas marcas eram produto da influência de puxões gravitacionais de Júpiter sobre Europa. No entanto, toda essa atividade pode ser fruto de outro fenômeno.
Há algum tempo os pesquisadores estimam que haja um oceano líquido abaixo de toda a casca gelada do satélite, e alguns modelos indicam que a superfície do planeta se move em uma velocidade diferente da apresentada em seu interior.
De acordo com o estudo de Hamish Hay, pesquisador da Universidade de Oxford e ex-aluno de pós-doutorado no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, esse fenômeno pode estar correlacionado com correntes oceânicas.
Analisando modelos computacionais de Europa, Hay pôde observar que as correntes oceânicas, formadas pelo aquecimento e resfriamento das águas, podem gerar uma força de arrasto que modifica a velocidade de rotação da crosta congelada da lua.
Essas modificações na velocidade de rotação provocadas pelas correntes, hora acelerando e outra desacelerando, são o que formariam os sulcos e rachaduras na superfície do planeta ao invés dos puxões de Júpiter.
O modelo foi bastante preciso nas previsões e na explicação da movimentação da crosta do satélite, além disso, pode ser confirmado em alguns anos.
Não como mera curiosidade, esse novo modelo dará a Missão Europa Clipper mais um dado para ser observado. Com previsão de lançamento para 2024, a espaçonave irá analisar se o satélite tem condições de abrigar vida, assim como analisar a superfície, estrutura e atividade.
Com previsão de chegada ao destino em 2030, a Europa Clipper será a maior espaçonave de exploração planetária já lançada pela NASA.
Créditos: TecMundo.