Foto: reprodução/YouTube
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) disse, neste sábado (4/3), em um evento conservador em Washington, nos Estados Unidos, que é “o ex mais amado do Brasil”. No discurso, proferido em português, Bolsonaro disse apenas “ex”, mas o intérprete que fazia a tradução simultânea traduziu como “former president” (ex-presidente).
Bolsonaro discursou por cerca de 20 minutos no Conservative Political Action Conference (CPAC), evento promovido por conservadores norte-americanos. A principal atração da conferência é o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que discursou na sequência. Bolsonaro disse ter tido relacionamento “simplesmente excepcional” com o ex-líder estadunidense. Na fala, o brasileiro focou em suas duas campanhas à Presidência da República do Brasil.
“Quase ninguém acreditava que eu poderia ter sucesso. Fomos crescendo, a esquerda viu que eu era o alvo difícil de ser abatido e um esquerdista, filiado a um partido de esquerda, PSol, deu uma facada em mim em setembro de 2018”, iniciou Bolsonaro, relembrando o atentado sofrido na campanha de 2018. “Com toda certeza, eu sou o ex mais amado do Brasil. Mesmo no leito de morte e muita fé, ganhamos as eleições”, prosseguiu.
O ex-mandatário brasileiro disse, ainda, que sente que a “missão” na Presidência da República ainda não terminou e levantou dúvidas sobre o processo eleitoral brasileiro de 2022.
“Nesse momento, agradeço a Deus pela minha segunda vida. E também a Ele pela missão de ser presidente da República por um mandato. Mas eu sinto, lá no fundo, que essa missão ainda não acabou”.
Ao comentar o pleito em que saiu derrotado, Bolsonaro disse ter tido “muito mais apoio” em 2022 do que em 2018. “Não sei por que os números mostraram o contrário”, completou.
Ele ainda ressaltou ter sido o último presidente a reconhecer a vitória de Joe Biden sobre Trump em 2020: “Eu fui o último presidente a reconhecer as eleições de há dois anos aqui nos Estados Unidos”.
Na apresentação, ele ainda ressaltou marcas de sua gestão, associadas também aos republicanos dos EUA, como a ampliação do porte e da posse de armas de fogo. Ele ainda se colocou contrário ao que chamou de “sanha para regulamentar as mídias sociais”.
Bolsonaro está nos EUA desde 30 de dezembro de 2022, antes mesmo de terminar seu mandato à frente do Palácio do Planalto. A Presidência autorizou, no fim de fevereiro, a permanência de dois seguranças que seguirão acompanhando o ex-presidente no país até 15 de março. Ou seja, pelo menos até essa data, Bolsonaro pretende ficar em terras norte-americanas.
Metrópoles