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Em meio à greve de funcionários do Metrô de São Paulo, que afetou mais de 2 milhões de passageiros, uma repórter da Record que cobria o caos no transporte público recebeu uma cantada ao vivo e não disfarçou o constrangimento.
Durante o Balanço Geral Manhã desta quinta-feira (23/3), a jornalista Paola Vianna entrevistava um homem prejudicado pela paralisação dos metroviários na estação Jabaquara (zona sul da capital paulista).
Ao final da abordagem, ele disparou: “Com todo respeito, você é muito linda!”. O homem arrancou gargalhadas do apresentador do programa, Eleandro Passaia.
Paola reagiu com surpresa e um sorriso amarelo: “Obrigada… olha, é difícil de dar risada hoje diante dessa situação, mas vale um elogio para a gente continuar aqui trabalhando”. Em sua rede social, a jornalista contextualizou o xaveco.
“Eu não posso deixar passar isso em branco! O Vladimir ia para o primeiro dia de trabalho, mas estava com medo do patrão não acreditar que ele não chegaria por causa da greve do metrô. Eu mesma liguei para o dono da empresa do meu celular. Ele ficou tão agradecido que deu nisso aí”, publicou.
Paola Vianna, então, relembrou outras situações que já passou no trabalho. “Eu sou mulher. Eu seria a primeira a evidenciar aqui, a expor qualquer tipo de situação de ataque contra a mulher. Já recebi cantada nojenta no meio da rua, já recebi crítica, já fui até agredida quando mais nova, se vocês querem saber”, desabafou.
“Elogio não é assédio”, pontuou a repórter da Record.
A jornalista negou qualquer violência do homem. “Eu falo sobre denúncia, falo que ninguém pode deixar passar batido qualquer tipo de violência, ataque ou assédio. Assédio é um ato criminoso. Elogio é elogio. Esse rapaz foi muito respeitoso e educado e se sentiu muito agradecido depois de o ajudarmos ao vivo com a ligação. Não vamos generalizar as coisas, sem discurso de ódio, sem ser feminista em exagero”, finalizou.
Créditos: Metrópoles.