Foto: MAX PEIXOTO/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO.
Em discurso que praticamente desconsidera todos os estudos de economia mundiais, Lula volta a criticar âncora fiscal, no que seria uma metáfora perfeita de “rasgar” livros de economia.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o teto de gastos nesta última segunda-feira (20). Segundo ele, a lei aprovada em 2016 que limita as despesas da União acaba por prejudicar o crescimento da economia.
Ao defender sua ideia, o petista afirmou que “os livros de economia estão superados”. De acordo com ele, é preciso de uma ação firme do Estado para diminuir a desigualdade social entre os brasileiros.
“Se o Estado é capaz de aceitar conviver com dívida de R$ 1,7 trilhão, que as pessoas devem à Previdência e à Receita, por que não pode conviver com um pouco de subsídio para a pessoa pobre se tornar menos pobre, virar cidadão de classe média, poder virar um cidadão de padrão médio, e este país voltar a crescer?”, disse Lula.
“Os livros de economia estão superados. É preciso criar uma nova mentalidade sobre a razão de a gente governar”, completou. As falas foram proferidas no Palácio do Planalto, durante o relançamento do programa Mais Médicos.
Em seu discurso, o mandatário defendeu que o país não deveria as verbas de saúde como “gasto” e defendeu que esses aportes financeiros estejam fora da regra fiscal, uma vez que, na visão dele, “não tem investimento maior do que salvar uma vida”.
“Quanto custou ao Brasil não fazer as coisas no tempo certo? Quanto custou ao Brasil não cuidar da saúde mais rápido, não alfabetizar o povo na década de 50, não ter feito a reforma agrária antes, não ter acabado com o preconceito racial, não tratar as mulheres com o respeito que elas merecem?”, finalizou.
Créditos: Conexão Política.