Foto: Reprodução/Senado
O bloco Vanguarda, da oposição no Senado, não descarta a possibilidade de judicializar a briga pelas comissões na Casa. Na quarta-feira 8, os colegiados começaram a ser instalados com a eleição dos presidentes de cada comissão. A oposição, contudo, não ficou com o comando de nenhuma. O bloco é formado pelo PL, PP, Novo e Republicanos.
“É a democracia que diz que a Casa legislativa precisa ter a representação partidária de todas as siglas”, declarou o senador Carlos Portinho (PL-RJ), líder do PL, nesta quinta-feira, 9. “É muito ruim quando 23 senadores ficam de fora da presidência das comissões. Tudo tem um tempo de maturação e articulação e me parece que falta consenso. Na ausência do consenso, como há uma violação de uma questão constitucional, isso tem que ser discutido no foro apropriado. Ontem, ficou bem claro que judicializar é uma alternativa. Vamos seguir o caminho legal com a Constituição.”
Nos bastidores, integrantes da Vanguarda defendem a criação de novas comissões para que, assim, eles consigam o controle dos colegiados. Algumas sugestões foram apresentadas, como: Minas e Energia, Jogos Eletrônicos, Aposta Esportiva e Lei Geral do Esporte. A Câmara dos Deputados escolheu o mesmo caminho, criando novas comissões para abarcar a maioria dos deputados.
Interpelado sobre se criaria novas comissões, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse: “Há esta pretensão, mas, por ora, não decidimos isso ainda. Vamos fazer essa avaliação”. Nesta manhã, a oposição se reuniu com o senador mineiro para chegar a um consenso sobre o tema. No entanto, a questão ainda não foi resolvida.
Os presidentes eleitos nas comissões do Senado são, em maioria, de partidos de centro e da base do governo Lula. Além disso, todos apoiaram a reeleição de Pacheco à presidência do Senado. Na disputa, a oposição apoiou o senador Rogério Marinho (PL-RN), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro e, agora, líder da oposição.
Revista Oeste