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Expressões supostamente racistas vão ser excluídas das novas edições dos livros de James Bond, o 007, criado pelo escritor britânico Ian Fleming, informou o jornal britânico The Telegraph, na semana passada.
A partir de abril, os novos títulos censurados pela editora começam a circular no Reino Unido, visto tratar-se do mês em que será lançada uma versão comemorativa de Cassino Royale, primeiro romance sobre o espião.
Conforme acertado, a palavra “negros” será substituída por “pessoas negras” ou “mulher negra”, ou “homem negro”. Em Viva e deixe morrer, foi excluído um trecho em que James Bond afirma que africanos envolvidos no tráfico de ouro e diamantes eram “cumpridores da lei”, “exceto quando bebem demais”. Na mesma história, o espião visita uma boate no Harlem, bairro afro-americano em Nova Iorque, e o público é descrito como “ofegante e grunhindo feito porcos”. A nova edição dirá: “Bond podia sentir a tensão elétrica no ambiente”.
As novas edições dos livros virão com uma nota: “Este livro foi escrito em uma época em que palavras e atitudes que podem ser consideradas ofensivas por leitores modernos eram corriqueiras. Atualizações foram feitas nesta edição, mas com o objetivo de manter a maior proximidade com o texto original”.
Fleming não é o único autor cuja obra está sendo reescrita para extirpar “trechos problemáticos”. As obras de Roald Dahl, autor de clássicos da literatura infantil como Matilda, também ganharão novas edições. Termos pejorativos referentes a peso, saúde mental, violência, gênero e raça serão substituídos. Em A Fantástica Fábrica de Chocolates, Augustus Gloop não será mais descrito como “enormemente gordo”, mas apenas como “enorme”.
Créditos: Revista Oeste.