Foto: Senado
O senador Sergio Moro (União-PR) defendeu um esforço suprapartidário contra o crime organizado e falou sobre a abertura de uma CPI para apurar a atuação de facções criminosas. Em entrevista ao Os Pingos nos Is, da Jovem Pan News, nesta quarta-feira (22), o parlamentar disse que o país precisa da união dos partidos para derrotar o crime organizado e que o governo precisa investir na segurança pública e em inteligência.
“O que nós precisamos fazer é combater o crime organizado. […] Nunca ouvi falar de um plano do crime organizado no Brasil para matar um senador. Isso é muito grave, não porque me envolve, mas por alcançar esse grau de ousadia. Precisamos de um esforço suprapartidário para vencer esse desafio. Como se faz isso? Investindo em inteligência, em combate, na polícia, na segurança pública e aprimorando a legislação”, disse Moro.
“O Brasil não pode ser vencido pelo crime. Esse tem que ser o nosso lema número um. Quando uma organização criminosa como PCC se sente a vontade para fazer esse tipo de planejamento, ele quer mandar um recado político muito claro: ‘Não se metam com a gente, porque a gente revida’. Precisamos de uma resposta política firme e rigorosa. Lamento esses episódios, trouxe muito desgaste emocional para mim, mas temos que reagir como Estado. É de se avaliar sim, se, de repente, não seria oportuno uma comissão parlamentar para se apurar mais profundamente, para base dessas organizações criminosas e para ajudar o governo no combate a essa criminalidade”, disse o senador.
Ainda de acordo com Moro, os planos contra autoridades públicas têm cunho político de intimidar o Estado. “Tem um cunho político, de certa maneira, nesse planejamento. Porque ele é simbólico. São atos de intimidação do Estado. Não falo de político partidário, mas sim cunho político da organização criminosa”, concluiu.
A fala de Moro acontece após a Polícia Federal deflagrar a Operação Sequaz, que desarticulou um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) de assassinar autoridades e políticos, dentre eles o senador, um promotor de Justiça e outros servidores. A ação do grupo criminoso tinha como foco uma retaliação nacional e a intimidação das autoridades, informou o ministro a Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
Com informações de Jovem Pan News