Foto: Ricardo Ferraz/VEJA.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, minimizou na noite deste domingo na China, início da manhã no Brasil, os efeitos do cancelamento da visita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faria ao país.
Fávaro afirmou que, em breve, os dois governos deverão acertar a remarcação da viagem e, então, serão anunciados os acordos bilaterais que já estavam alinhavados e seriam apresentados na visita que acabou cancelada por problemas de saúde do presidente brasileiro.
Em entrevista coletiva na embaixada do Brasil em Pequim, Fávaro defendeu a presença dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da gigante de carnes JBS, na comitiva que acompanharia Lula na viagem.
Responsáveis por uma megadelação premiada que alvejou centenas de políticos, Joesley e Wesley voltaram à cena pública em Pequim após um longo período afastados dos holofotes.
Assim como outros empresários convidados para integrar a comitiva, eles chegaram à capital chinesa antes de Lula anunciar o cancelamento da visita e têm cumprido uma série de compromissos na cidade. Neste domingo, os irmãos fizeram uma visita à embaixada brasileira.
“A gente tem que reconhecer (que a JBS) é a maior empresa de carnes do mundo, é uma empresa brasileira que gera muitos empregos, que gera muitas oportunidades ao cidadão brasileiro. E eles cumprindo a legislação brasileira, cumprindo seu compromisso, não tem porque não poderem fazer parte da comitiva e estar buscando a ampliação dos seus negócios”, afirmou Carlos Fávaro, que esteve com os donos da JBS durante o café da manhã no hotel em que estão hospedados.
Indagado se a participação de Joesley e Wesley na missão do governo à China significa que o turbilhão de escândalos em que eles e a JBS estiveram metidos foi esquecido, o ministro respondeu que é preciso “olhar para frente”. “Esquecer, não. Temos que pensar que, se alguém deve alguma coisa, que pague pelo que deve. Agora, temos que olhar para frente”, disse.
Créditos: Metrópoles.