Um editorial publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta sexta-feira, 3, subiu o tom com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e fez cobranças ao presidente Lula. Segundo o Estadão, o MST nada mais é que um “latifúndio improdutivo” que tem de ser tratado como “caso de polícia”.
“Nesta semana, 1,7 mil militantes do MST invadiram três fazendas de eucaliptos na Bahia”, observou o jornal. “De improdutivas, nada têm. Pelos dados da proprietária, a Suzano, só na região ela gera 7 mil empregos e beneficia 37 mil pessoas pelo efeito renda. Mas, como deixou transparecer a líder do MST na Bahia, Eliane Oliveira, o objetivo não era mesmo denunciar latifúndios improdutivos, mas só chantagear o governo para ocupar cargos.”
Adiante, o jornal lembra que “o PT tem uma inegável ligação umbilical com o MST”. “Foi o ‘exército do Stédile’, referindo-se ao chefão do MST, João Pedro Stédile, que Lula ameaçou botar na rua quando contrariado com o impeachment de Dilma; e foi esse exército que ergueu barracas ao redor da carceragem da Polícia Federal de Curitiba, onde se hospedou Lula”, lembrou o Estadão.
“O Brasil tem pressa de saber se seu presidente, o autodeclarado líder da ‘frente ampla democrática’, condenará, sem adversativas, as manobras do MST como aquilo que são — crimes contra o setor mais dinâmico e produtivo da economia nacional — ou se passará a mão na cabeça dos arruaceiros, seja omitindo-se, seja apelando para justificativas que ofendem a inteligência”, disse o jornal.
Revista Oeste