O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na terça-feira 28, o retorno da reoneração parcial da tributação da gasolina e do etanol. Apesar de sair vencedor da queda de braço com a ala política do governo, o ministro “cometeu um grande erro” ao copiar um modelo econômico fracassado da Argentina.
Para evitar perda de arrecadação, já que a reoneração foi parcial, a solução encontrada pelo ministro foi criar um imposto sobre exportação de petróleo cru de todas as petroleiras. A alíquota será de 9,2%. A expectativa é que o novo imposto arrecade R$ 6,7 bilhões nos quatro meses em que ficar em vigor. O Congresso terá 120 dias para validar a mudança.
Entretanto, segundo o economista Luís Artur Nogueira, Haddad cometeu “um grande erro” ao criar a alíquota. “Nenhum país sério taxa as exportações”, observou em entrevista ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan.
“O Brasil, na verdade, copiou o modelo fracassado da Argentina que toda vez que precisa de dinheiro taxa exportações”, explicou Nogueira.
O economista ainda argumentou que a medida anunciada pelo ministro “mata a balança comercial” e tira a competitividade do produto brasileiro.
Além disso, abre-se um precedente perigoso. “Hoje, o governo decidiu taxar o petróleo. Quem garante que amanhã não vai taxar também exportação de soja, milho ou minério de ferro”, questionou.
Revista Oeste