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Desde 2020, o Instituto Brasileiro de Direito de Família pressiona a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a mudar de nome. Isso porque, segundo o ajuntamento, falta inclusão feminina. Neste mês, do Dia Internacional da Mulher, o grupo prometeu dobrar a aposta nas investidas contra a OAB.
Apesar das acusações do grupo, as mulheres são a maioria no quadro da advocacia brasileira: 675.921 advogadas inscritas e 648.151 advogados.
“Não há justificativa para que a agremiação que representa a advocacia do Brasil ainda seja designada com o nome masculino”, disse Maria Berenice Dias, desembargadora aposentada e vice-presidente do instituto, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada na segunda-feira 13. “Em outras categorias, o que se indica é o nome da profissão, não o dos profissionais.”
Maria cita como exemplos o Conselho Federal de Medicina, o Conselho Federal de Psicologia e o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia — e não dos médicos, dos psicólogos, dos engenheiros e agrônomos. Se a OAB acatar a sugestão, passaria a se chamar Ordem da Advocacia Brasileira.
Em um requerimento enviado à OAB, o instituto argumenta que “não faz sentido usar o masculino como gênero neutro”. “Hoje, não mais se admite essa neutralidade para a inclusão das mulheres”, diz o documento.
A OAB rebateu os argumentos e disse que “a atual gestão, iniciada em fevereiro de 2022, é a primeira a ter a paridade de gênero implementada e tem como prioridade atuar por condições dignas de trabalho para toda a advocacia, o que inclui consolidar a paridade e combater o assédio contra advogadas”.
Revista Oeste