Foto: Fernando Bizerra Jr/EFE.
O governo Lula não aderiu a uma declaração que condena os crimes praticados pelo ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, informou o portal UOL, neste domingo, 5. O documento foi assinado por mais de 50 países.
No momento em que a pauta foi apresentada, durante uma reunião na Organização das Nações Unidas (ONU), o representante do Itamaraty que estava presente se manteve em silêncio. Depois, o diplomata chamou a atenção de diversos governos que rubricaram o texto contra o regime da Nicarágua.
A lista de países que assinaram a denúncia contra Ortega inclui tanto potências mundiais, como Estados Unidos, Austrália, Canadá e França, quanto governos de esquerda da América Latina, como Chile e Colômbia. Peru, Guatemala, Paraguai e Equador também assinaram a declaração.
Apesar de pertencer ao mesmo espectro político de esquerda, o presidente do Chile, Gabriel Boric, chamou Ortega de ditador, reconhecendo a perseguição ideológica que é orquestrada por ele contra a população da Nicarágua, sobretudo cristãos.
Em um relatório, o grupo de países pede à comunidade internacional sanções contra instituições e indivíduos ligados à ditadura.
“Os supostos abusos — que incluem execuções extrajudiciais, detenções arbitrárias, tortura, privação arbitrária da nacionalidade e do direito de permanecer no próprio país — não são um fenômeno isolado”, diz o documento da ONU. “Trata-se do desmantelamento deliberado das instituições democráticas e da destruição do espaço cívico e democrático.”
De fora da iniciativa, é esperado que o Itamaraty emita uma nota, na próxima segunda-feira 6, explicando seu posicionamento, conforme o UOL.
Créditos: Revista Oeste.