Foto: MATHEUS W ALVES/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO.
A reunião convocada pelo governo Lula para discutir a regulamentação dos aplicativos de serviços com entregadores e motoristas foi marcada por gritos de “cala a boca”, tapas na mesa e microfones cortados.
Os representantes dos trabalhadores de aplicativo foram convidados a discutir o assunto com o governo no mês passado. O secretário de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, Gilberto Carvalho, tentou mediar o debate — e controlar o ânimo dos exaltados.
Não houve consenso entre os trabalhadores de aplicativo. Quem participou da discussão diz que a maioria rejeita a aplicação do regime CLT para os serviços prestados por meio de plataformas como iFood, Rappi e Uber.
O governo Lula está com dificuldade para encontrar lideranças que concordem com a opinião deles de burocratizar os contratos, transformando-os em celetistas. A categoria, por atuar livremente, não possui organização sindical e atua de maneira difusa, por meio de grupos no WhatsApp e em outras redes sociais, e teme que o projeto esquerdista prejudique os aplicativos e, consequentemente, suas fontes de renda e trabalho.
As centrais sindicais já foram acionadas pelo governo para ajudar a escolher as lideranças dos trabalhadores. A esquerda considera Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), como o nome ideal para organizar sessões plenárias entre os entregadores e motoristas.
Com informações do Metrópoles.