Foto: Reprodução
O governo Lula entra no terceiro mês ainda sem saber como vai aprovar seus projetos no Congresso. A “frente ampla” reunida para a eleição e o loteamento de ministérios e cargos para políticos não se mostraram, até agora, suficientes para dar ao Executivo uma base que garanta o mínimo conforto no relacionamento com o Legislativo.
A franqueza do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em dizer em público que o governo ainda não tem apoio nem para aprovar textos que precisam de maioria simples assombra os articuladores políticos do Palácio do Planalto. As dificuldades são tão nítidas que ninguém se atreve a prever quando temas importantes vão começar a ser votados.
A definição do comando das comissões permanentes na Câmara, após semanas de impasse, dá um pequeno refresco para o governo, que conseguiu emplacar o deputado Rui Falcão (PT-SP) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais importante da Casa. A eleição da deputada bolsonarista Bia Kicis (PL-DF) para presidir a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, porém, é uma mostra da força da oposição nessa disputa.
O PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, também venceu um embate com o União Brasil e colocará o deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP) na relatoria do Orçamento do ano que vem, o que pode ser outra pedra no sapato do governo Lula.
Metrópoles