A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira, 14, um convite para que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dê explicações sobre a atual taxa básica de juros da economia, a Selic.
Por se tratar de um convite da comissão, e não uma convocação, Campos Neto não é obrigado a comparecer. Desde que começou a ser atacado pelo presidente Lula e seus aliados, Campos Neto disse que sempre esteve à disposição para prestar esclarecimentos ao Legislativo.
Com mandato até 2024, o presidente do BC não pode ser demitido por Lula, salvo em hipótese de comprovado desempenho insuficiente, que precisa de aval do Senado. E o governo não tem maioria.
Os petistas e os aliados têm criticado Campos Neto pela elevada taxa de juros, hoje em 13,75%. Os ataques se intensificaram, e, na segunda-feira 13, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu a renúncia de Campos Neto.
O governo alega que, com a Selic nesse patamar, não haverá crescimento econômico e tenta forçar a queda da taxa. Porém, com a Lei de Autonomia do BC, o governo não tem poder de interferência, e todas as decisões devem ser técnicas.