Dados do Ministério da Saúde apontam que até o dia 20 de fevereiro foram registrados 35.569 casos prováveis da doença no país
O número de casos de chikungunya no Brasil mais do que dobrou nos primeiros meses de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados do Ministério da Saúde apontam que até o dia 20 de fevereiro, o aumento foi de 110%, passando de 16.971 para 35.569 casos prováveis.
Os maiores percentuais de aumento foram observados na região Sudeste, com destaque para os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Outros com aumento são Tocantins, Mato Grosso do Sul, Bahia e Sergipe.
A doença é caracterizada por sintomas como febre alta de início repentino e dores intensas nas articulações.
Apesar das semelhanças nos sintomas, a principal diferença entre a dengue e a chikungunya é a dor nas articulações, muito mais intensa na chikungunya, afetando principalmente pés e mãos, geralmente nos tornozelos e pulsos.
O diagnóstico deve ser feito por um médico e pode ser confirmado por exames laboratoriais específicos, que podem ser feitos nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
O tratamento da chikungunya é feito de acordo com os sintomas. Até o momento, não há tratamento antiviral específico para a doença. Hidratação e repouso são medidas essenciais para a recuperação.
Os sintomas, em geral, desaparecem após a fase aguda da doença, no entanto, em alguns casos, as dores nas articulações podem persistir por meses e até anos. Nesses casos, o paciente deve voltar à unidade de saúde para avaliação médica e evitar a automedicação, orienta o ministério.
Assim como a dengue e a Zika, a chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Medidas de prevenção incluem a verificação e eliminação dos criadouros do mosquito nas casas e vizinhança (veja abaixo).
Reforço na prevenção
A combinação de calor e chuvas promove o ambiente ideal para a proliferação do Aedes aegypti.
Os ovos do inseto podem permanecer em ambientes secos por mais de um ano. Quando entram em contato com a água, dão continuidade ao ciclo de vida do mosquito que inclui as fases de larva, pupa e adulto, quando ele é capaz de voar e transmitir os vírus.
Do ovo à fase adulta, o ciclo de desenvolvimento do Aedes aegypti leva de sete a dez dias. Por isso, a intervenção semanal pode interromper esse processo e diminuir significativamente a incidência das doenças.
As medidas preventivas incluem tampar caixas d’água e outros reservatórios, retirar folhas ou objetos que podem gerar acúmulo de água nas calhas e guardar pneus em locais cobertos. As garrafas devem ser mantidas com a boca virada para baixo. Ralos, canaletas e outros tipos de escoamento devem ser limpos periodicamente.
CNN Brasil