Aos 66 anos, Roberta Miranda assume sua sexualidade: “Sou trisexual e como tudo e não passo a vontade”
A cantora Roberta Miranda, uma das primeiras mulheres a se lançar no gênero musical sertanejo, está escrevendo sua própria biografia aos 66 anos de idade. Enquanto isso, ela mantém uma vida sexual ativa, se interessa por política e lamenta a pouca receptividade que tem no atual universo da música sertaneja. As informações são do portal F5.
Recentemente, Roberta afirmou ser “trissexual” e ter namorado um travesti na adolescência. Agora, ela não esconde seu apetite sexual. “Eu como de tudo e não passo vontade”, disse a cantora paraibana.
Ter transado com quem quis e quando teve vontade não significa que Roberta exponha sua vida amorosa, pelo contrário. “Casei duas vezes e ninguém soube. Namorei muito e também ninguém soube o nome da pessoa. Sou bem discreta”, afirmou a sertaneja.
Roberta Miranda também relatou já ter sido procurada por dirigentes partidários, para que ela ingressasse em legendas e participasse ativamente do processo político nacional. Apesar de nunca ter aceitado, ela não descarta um dia se filiar.
“Quatro presidentes de partidos políticos já me chamaram, queriam que eu me filiasse. Perguntei para fãs e amigos e fui desaconselhada. Deixei para lá. Mas, no íntimo, essa ideia de contribuir mais na sociedade mexe comigo. Estou pensando e penso alto”, comentou Roberta.
Segundo a cantora sertaneja, em caso de filiação partidária, sua principal bandeira será a defesa das mulheres, denunciando crimes de feminicídio e violência sexual.
“Minha forma de protesto é ir lá e meter o pau no canalha. Também não deixo de me posicionar a favor de leis mais rígidas como a castração química, por exemplo”, apontou Roberta.
A cantora admite ter certa mágoa com os demais artistas sertanejos e diz se considerar mais prestigiada entre os cantores de outros gêneros musicais, como a chamada “MPB”.
“Eles têm muito mais respeito por mim e pela minha trajetória. Me aplaudem mais, me elogiam, e isso é um fato”, disse, antes de apontar a motivação desse menor respeito por ela entre os sertanejos. “Sinceramente? Acho que rola uma insegurança, um machismo de merda. E eu não estou nem aí”, exclamou.
Ela conta ainda que sente saudades do tempo em que os artistas da música se falavam e se encontravam, sem a necessidade de intermediários, assessores, empresários e produtores.
“Não existe uma proximidade maior por conta dos compromissos profissionais e pessoais. Entendo. Só que eu não falo com produtor ou com agente. Artista fala com artista. Se uma colega pede para eu falar com um produtor, agradeço e digo não. A linguagem do artista é entendida por outro artista”, reclamou.
“Quando conheci a Marília, a identificação foi imediata. Ela chorou, eu chorei, e prometemos fazer algo juntas. Só que não aconteceu porque nunca mais falei com ela. Não consegui mais chegar até ela porque blindaram a Marília. Uma pena”, lamentou.