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Nesta quarta, o presidente do conselho de administração da companhia, Gileno Barreto, acatou pedido formal do Ministério de Minas e Energia para suspender imediatamente o processo de venda de 38 ativos da estatal
As ações da Petrobras (PETR4) tiveram as negociações suspensas na B3 na tarde desta quarta-feira (29). Segundo a companhia, para divulgação de Fato Relevante.
Nesta quarta, o presidente do conselho de administração da Petrobras, Gileno Barreto, acatou pedido formal do Ministério de Minas e Energia para suspender imediatamente o processo de venda de 38 ativos da estatal.
Só vão seguir o curso normal as transferências de outros seis ativos que já estavam com o contrato de venda devidamente assinado, segundo fontes do governo relataram à CNN. Nesse caso, o compromisso é respeitar a segurança jurídica dos processos.
A estatal confirmou que o conselho da empresa estudará o pedido do governo sobre a suspensão de processos de vendas de ativos, caso a nova gestão, recém-empossada, decida sobre o assunto.
A companhia reforçou que a revisão dos processos de investimentos e desinvestimentos deve ser considerada dentro do plano estratégico, diz o Fato Relevante, e que a revisão não deverá incluir os desinvestimentos já em fase de assinatura.
No momento da suspensão das operações, as ações PN eram negociadas a 0,08% e as ON a -0,04%.
Leia a íntegra do comunicado da Petrobras
Conselho de Administração da Petrobras aprecia ofícios do Ministério de Minas e Energia
A Petrobras informa que o seu Conselho de Administração apreciou, na data de hoje, o conteúdo do Ofício nº 166/2023/GM-MME, de 28/02/2023, e do Ofício nº 257/2023/GM-MME, de 29/03/2023, e, consideradas as suas atribuições, concluiu que a revisão dos processos de investimentos e desinvestimentos tem de ser realizada com base no “Plano Estratégico” da Companhia, elaborado pela Diretoria Executiva e aprovado por este Conselho, nos termos do Estatuto Social da Petrobras.
Assim sendo, face à solicitação do Ministério de Minas e Energia e da eleição da nova Diretoria Executiva em 29/03/2023, o Conselho de Administração estudará a matéria, caso a nova gestão, recém-empossada, decida por propor a revisão do “Plano Estratégico”.
Vale notar que esta revisão não deverá incluir os desinvestimentos já em fase de assinatura e fechamento de contratos, de forma a cumprir plenamente os direitos e as obrigações já assumidas pela Companhia, com calendários e datas inclusive já definidas para ocorrer ao longo dos quatro trimestres de 2023, e, desta forma, não causar qualquer dano às partes envolvidas nas negociações, em especial à Petrobras.
Fatos julgados relevantes serão tempestivamente divulgados ao mercado.
*Com informações de Reuters