Foto: Arquivo – O ex-primeiro ministro do Paquistão, Imran Jan – -/Kremlin /dpa.
Um tribunal de Islamabade mandou prender durante 14 dias o antigo Ministro do Interior Shaykh Rashid, um dos mais próximos aliados do antigo Primeiro-Ministro Imran Jan, por ter acusado o co-presidente de um dos principais partidos do Paquistão no poder, o Partido do Povo Paquistanês (PPP), de orquestrar a tentativa de assassinato do antigo líder em Novembro do ano passado.
No último episódio do longo impasse entre Jan e as actuais autoridades paquistanesas, o tribunal decidiu deter Rashid após acusar Asif Ali Zardari de conspirar para matar o antigo primeiro-ministro.
Pode recordar-se que Rashid enfrenta mais dois casos contra ele, um por ameaçar o pessoal da polícia e outro por fazer «observações ofensivas» ao presidente da PPP e actual ministro dos negócios estrangeiros Bilawal Bhutto Zardari.
Durante a audiência, Rashid alegou que tinha sido vítima de tortura pela polícia. O ex-ministro acusou os oficiais de o terem mantido amarrado a uma cadeira durante horas, de olhos vendados. «Para me manter como eles me mantiveram, prefiro ser condenado à morte», disse ele ao tribunal, segundo o canal de televisão paquistanês GEO TV.
Expulso do poder após uma moção de desconfiança em Abril do ano passado, Jan e o seu partido – o Movimento pela Justiça do Paquistão – continuam a gozar de altos níveis de popularidade, tal como demonstrado pela «longa marcha» que orquestrou no final do ano passado no país, que foi cancelada após a tentativa de assassinato.
Jan afirma que a sua demissão foi o resultado de uma conspiração em que até implicou o actual governo, o exército e mesmo os EUA, que negaram qualquer envolvimento nestes acontecimentos.
Fonte: (EUROPA PRESS)