A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), subiu o tom das críticas ao mercado financeiro e ao Banco Central por conta da manutenção da taxa básica de juros a 13,75%, que vem sendo constantemente abordada em discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e integrantes do governo.
Em um pronunciamento no ato de comemoração ao aniversário do partido na noite desta segunda (13), Gleisi disse que há um discurso “mercadocrata dos ricos” de que o país vive um risco fiscal, e que o Banco Central “corrobora com [essa] a mentira, impondo um arrocho de juros elevados ao Brasil”.
A parlamentar afirmou que é preciso enfrentar esse “mercado antiquado, atrasado que não percebeu ainda as mudanças internacionais. E nos temos de parar de ter medo de debater política econômica, seja ela monetária, fiscal ou cambial e tentar nos acomodar ao que eles querem ou pensam”.
“Não há técnica nem razão inquestionável nas decisões econômicas se elas não estiverem consoantes com as grandes decisões políticas, aquelas que emanam da vontade soberana da maioria da população. Se a prioridade do país é o crescimento e a geração de empregos e oportunidades, é neste sentido que deve caminhar a política econômica”, completou.
A fala veio horas depois do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, afirmar que concluiu os primeiros projetos de correção parcial da tabela do Imposto de Renda e do programa Desenrola, de renegociação de dívidas, na reunião do diretório nacional do PT. De acordo com ele, as propostas já estão na mesa do presidente Lula e devem ser apresentadas até a próxima semana.
Também nesta segunda (13), a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que a reforma tributária deve sair até o final do ano e será uma “vacina econômica” que vai influenciar em toda a política econômica e fiscal do governo.