Em entrevista ao veículo Gazeta.PL, porta-voz da Polícia de Wrocław afirmou que investigações apontam que versão de Julia Faustyna não é verdadeira
A Polícia da Polônia descartou a possibilidade de a jovem alemã Julia Faustyna, de 21 anos, ser Madeleine McCann, uma criança britânica que desapareceu há 16 anos. O desaparecimento se tornou um dos casos policiais mais misterioriosos do mundo, ainda sem desfecho.
O porta-voz da Polícia de Wrocław, Paweł Noga, disse para o portal Gazeta.PLque as investigações, que seguem em andamento, já possuem evidências para descartar que a versão da jovem é verdadeira.
“A atuação dos polícias do Quartel Provincial da Polícia nesta fase contraria a versão apresentada por esta senhora. As atividades estão em andamento, mas já se pode descartar que esta versão seja verdadeira” – disse Paweł.
Na tarde da última quarta-feira (22), a família de Julia, que diz ser Madeleine, se manifestou através de uma nota, dizendo que ela sempre fez parte da família deles, e que existem fotos e memórias que comprovem.
A família afirmou também que a mulher “mente e manipula”, e que não toma regularmente medicamentos prescritos por psiquiatras. Por fim, o policial responsável afirmou também que a família de Julia apresentou um documento que seria a certidão de nascimento dela.
Relembre o caso
Madeleine está desaparecida desde 3 maio de 2007, quando sumiu de um apartamento do resort no Algarve, Portugal, onde dormia com os irmãos enquanto os pais jantavam a poucos metros. Ela iria completar 4 anos.
O caso teve grande repercussão mundial, principalmente devido à enorme campanha publicitária realizada pelos pais da menina para tentar descobrir o seu paradeiro. Cerca de 600 pessoas foram investigadas e quatro foram consideradas suspeitas, mas absolvidas depois.
Em setembro de 2007, a polícia portuguesa classificou Kate e Gerry McCann, pais de Madeleine, como suspeitos do desaparecimento da filha, depois que DNA foi encontrado em um carro que a família alugou 25 dias após relatar o desaparecimento.
Eles negaram todas as acusações e, posteriormente, o caso contra eles foi encerrado.
Um dos marcos da investigação ocorreu em junho de 2020, quando as autoridades britânicas e alemãs anunciaram que haviam identificado Christian Brueckner, um alemão de 43 anos à época como suspeito no caso. Ele era um traficante de drogas condenado e molestador de crianças.
Mas Brueckner não foi acusado de nenhum crime relacionado ao desaparecimento. Ele está atrás das grades na Alemanha por estuprar uma mulher na mesma região do Algarve onde Madeleine desapareceu.
Recentemente, em 4 de maio de 2022, Hans Christian Wolters, promotor alemão que investiga o caso desde 2020, disse que os detetives acreditam ter encontrado “alguns fatos e novas evidências”, acrescentando: “Temos certeza de que ele [Brueckner] é o assassino de Madeleine McCann”.