Seis pessoas morreram e duas estavam desaparecidas até a última atualização desta reportagem.
Um tripulante de um barco registrou a tempestade que fez afundar uma traineira na Baía de Guanabara na tarde deste domingo (5). Essa embarcação, a Lumaria, teria passado pela Caiçara antes do naufrágio.
“Que isso, receber essa notícia acabou com o meu dia. Nós estávamos vindo juntos lado a lado, e do nada acontece isso”, escreveu um dos pescadores.
Barco resiste à tempestade
Mateus Diniz registra a chegada da tormenta. A gravação mostra que a tripulação se impressionava à medida que a chuva se aproximava. “Tá maluco! Cê tá doido!”, diz o pescador.
Na sequência, com o céu ainda mais carregado, Mateus comenta: “Começou a ficar de verdade agora. Nem tá agitado [o mar].”
A chuva se aproxima rápido e os alcança, e a visibilidade fica bastante reduzida. O Lumaria, então, fundeia perto de uma ilhota.
A tormenta passa. Antes de saber do naufrágio, já sob chuva fina, outro colega comenta: “Quer pescaria com emoção? Vem com a tropa do Lumaria!”
O acidente
A traineira, uma embarcação de pesca de pequeno porte, voltava de um passeio pela Baía de Guanabara à tarde quando o tempo virou e os fortes ventos a fizeram virar. Seis pessoas morreram e duas estavam desaparecidas até a última atualização desta reportagem. Seis pessoas foram resgatadas com vida. Ainda não se sabe quantas pessoas usavam colete salva-vidas.
De acordo com João Penha de Assunção, pai de Everson Costa de Assunção, que reconheceu o corpo do filho no IML nesta segunda-feira (6), ninguém estava usando coletes salva-vidas. Ele destacou que se baseou em relatos da nora, sobrevivente do naufrágio.
O g1 entrou em contato com a Marinha para saber mais informações sobre a obrigatoriedade do uso do colete salva-vidas, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.