Foto: Reprodução/O Antagonista.
Começarão a valer nesta segunda-feira (6) as mais duras sanções do Ocidente à economia russa desde o início da invasão da Ucrânia. As medidas atingem as exportações de derivados de petróleo, que representam um terço das receitas obtidas pela Rússia com a indústria petrolífera.
Somados às restrições impostas desde 5 de dezembro de 2022 às vendas de petróleo cru, os novos embargos atingem 70% das exportações de energia do Kremlin e podem reduzir drasticamente o fluxo de divisas estrangeiras para o país. As vendas de combustíveis respondem, mais uma vez, por quase 70% desse fluxo.
As novas sanções não impedem o comércio de produtos como diesel e gasolina, mas o submetem ao valor máximo de 100 dólares por barril. O valor máximo estabelecido no ano passado para o óleo cru foi de 60 dólares por barril. Até agora, esse preço não ficou distante das cotações no mercado internacional nem esvaziou os cofres russos. A expectativa é que o cenário mude com os embargos que passam a valer agora.
Nos últimos dias, a Rússia intensificou suas ações militares na Ucrânia. Em entrevista neste domingo (5), o ministro da Defesa ucraniano Oleksii Reznikov disse que uma investida massiva das forças de Vladimir Putin é esperada para este mês.
Os aliados ocidentais de Kiev têm dado sinais de que essa investida é mesmo aguardada. Na sexta-feira (3), os Estados Unidos anunciaram que mísseis de longo alcance farão parte de um pacote de ajuda militar de 1,8 bilhão de dólares destinado aos ucranianos. Reznikov assegurou neste domingo que os mísseis não serão utilizados para atingir o território russo, apenas para tornar mais efetivas as defesas contra os avanços do inimigo na Ucrânia.
Também hoje, o ministro de Relações Exteriores britânico James Cleverly publicou um artigo afirmando que o único caminho para a paz é fornecer armamentos à Ucrânia. “Como todo governante autoritário, Putin só responde à força”, escreveu ele.
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