Foto: Tony C French/Exame.
Na Nova Zelândia, se uma vaca ou ovelha emitir gases, como um arroto ou um “pum” – uma ação natural do organismo — agora isso pode gerar uma pesada conta de impostos para o dono.
O governo está trabalhando para criar uma estrutura de precificação de carbono que reflita o impacto ambiental das emissões bovinas, e a receita gerada seria usada para financiar projetos climáticos no país.
O objetivo do tributo é estimular a adoção de práticas agropecuárias que reduzam ou direcionem as emissões. A iniciativa visa incentivar os agropecuaristas do país a organizar sua produção, plantar pastagens adequadas, alimentar melhor seus animais para limitar os gases inflamáveis e adotar outras práticas ambientais.
A discussão sobre as flatulências emitidas pelos animais é antiga. A criação de bovinos em grande escala podem representar um potencial de poluição, pouco imaginado pelos seus criadores, mas cientistas do mundo inteiro já vêm alertando há muito tempo.
Durante a digestão, os animais produzem muito metano, um gás que contribui com 23% do efeito estufa e é 21 vezes mais ativo que o gás carbônico na retenção dos raios solares que aquece o globo. No gado, o mais curioso, é que a maior parte dos gases não sai estrondosamente pelo ânus dos animais mas pela boca, como se fosse um arroto, juntamente com a respiração.
O imposto de carbono na Nova Zelândia se aplica apenas às fazendas leiteiras. Empresas usadas para criação de gado para produção de carne e outras propriedades agrícolas não serão cobradas.
O presidente do grupo de pecuaristas Federated Farmers, Andrew Hoggard, advertiu que esse programa poderá “destruir as pequenas cidades da Nova Zelândia”. Em uma publicação no Twitter a federação de agricultores disse: “Plano de emissões agrícolas do governo – diga adeus a pequenas cidades da Nova Zelândia”.
É bom lembrar, que o maior responsável pelo excessivo aquecimento global é o gás carbônico emitido por fábricas e carros.
Créditos: Revista Oeste.