O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não viu o mercado “ficar nervoso” com o rombo da Americanas. A fala do político ocorreu na manhã da terça-feira 7. Contradizendo o petista, as reações negativas estão estampadas nos gráficos da Bolsa de Valores do Brasil, desde que a crise da companhia teve início.
“O mercado ficou nervoso quando Jorge Paulo Lemann quebrou a Americanas, com um desfalque de R$ 40 bilhões?”, perguntou. “Eu não vi.”
No mesmo dia em que o petista fez o comentário, as ações da Americanas fecharam cotadas em R$ 1,32, ou seja, um valor quase dez vezes menor que os R$ 12 do pregão de 11 de janeiro, data em que a empresa divulgou, pela primeira vez, o rombo no caixa.
Além disso, na esteira do pedido de sua recuperação judicial, a Americanas foi retirada do Ibovespa — o principal índice da bolsa brasileira. As turbulências fizeram, inclusive, com que os acionistas de referência da empresa (Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira) viessem para o Brasil tentar resolver pessoalmente o problema.
O “nervoso” do mercado que Lula ainda não viu com a Americanas, na verdade, parece não ter hora para acabar. Na quarta-feira 8, por exemplo, as ações fecharam em nova queda, valendo cerca de R$ 1.