Foto: reprodução/Twitter @POTUS
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta 5ª feira (16.fev.2023) que os 3 objetos derrubados desde o dia 10 de fevereiro provavelmente pertencem a empresas privadas ou tenham fins científicos.
“A avaliação atual da comunidade de inteligência é que esses três provavelmente eram balões ligados a empresas privadas, instituições de recreação ou pesquisa que estudam o clima ou conduzem outras pesquisas científicas”, afirmou Biden durante pronunciamento na Casa Branca.
O presidente norte-americano disse não ter evidências, até agora, de que os objetos derrubados estejam ligados ao “programa de balões espiões da China ou que fossem veículos de vigilância de outro qualquer outro país”.
Entretanto, Biden disse que não pedirá desculpas à China pelas alegações de que os objetos derrubados anteriormente eram versões menores do suposto balão espião chinês. “Buscamos competição, não conflito com a China. Não estamos procurando uma nova Guerra Fria”, acrescentou ele.
O premiê disse também não haver “aumento repentino de objetos no céu” e que a crescente no número de objetos voadores não identificados é devido às medidas tomadas pelo governo para “aumentar nossos radares”.
Além disso, Biden também anunciou 4 medidas para monitorar e garantir segurança das pessoas em relação aos objetos:
- Atualizar e expandir o inventário de objetos aéreos não tripulados acima do espaço aéreo dos EUA;
- Melhorar a capacidade de detecção de objetos não tripulados;
- Atualizar regras e regulamentos para o lançamento de objetos não tripulados no espaço aéreo dos EUA;
- Estabelecer normas globais comuns para regulamentação dos objetos.
Na 2ª feira (13.fev), o porta-voz dos EUA, John F. Kirby, já havia dito que a origem e o objetivo dos equipamentos voadores ainda não haviam sido identificados e não existiam evidências de que os objetos abatidos estariam relacionados ao suposto balão chinês.
Na 3ª feira (14.fev), os Estados Unidos recuperaram equipamentos que estavam no balão derrubado em 4 de fevereiro por militares norte-americanos, incluindo “todos os sensores prioritários e peças eletrônicas, bem como grandes partes da estrutura”.
O Departamento Federal de Investigação dos EUA (FBI, na sigla em inglês) ainda está analisando as novas partes encontradas do objeto.
A derrubada desencadeou uma nova onda de tensão diplomática entre EUA e China. A Casa Branca acusou o governo chinês de invadir o espaço aéreo norte-americano para fins de espionagem. A China disse que o objeto era um “dirigível chinês” usado para fins meteorológicos e teve a trajetória alterada por correntes de vento.
Segundo o Pentágono, o balão adentrou o território norte-americano pelo Alasca e percorreu uma trajetória diagonal pelos EUA a uma altitude de 60.000 pés (cerca de 18.000 metros de altura) até ser abatido na costa marítima da Carolina do Sul. Depois da derrubada do objeto, os EUA anunciaram que também abateram ovnis que sobrevoavam o Alasca e o lago Huron, em Michigan, além de um no território canadense.
O 1º episódio se deu na 6ª feira (10.fev), no Alasca. Depois, no sábado (11.fev), forças norte-americanas e canadenses derrubaram outro objeto não identificado que sobrevoava Yukon, território no Noroeste canadense, a 160 km da fronteira dos 2 países.
No domingo (12.fev), outro objeto foi derrubado ao sobrevoar o lago Huron, entre o Estado de Michigan, nos EUA, e a província de Ontário, no Canadá. Todos os procedimentos foram realizados sob ordem do presidente norte-americano Joe Biden.
Também no domingo, a Força Aérea do Uruguai informou ter aberto investigações para apurar suposta presença de um objeto voador não identificado na região de Paysandú, a 160 km da capital Montevidéu.
A China disse no domingo (12.fev) que avistou um ovni sobrevoando o mar próximo à cidade de Rizhao, no leste do país. Na 2ª feira (13.fev), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, afirmou que balões norte-americanos sobrevoaram o espaço aéreo chinês “sem a aprovação das autoridades chinesas” mais de 10 vezes desde janeiro de 2022.
Com informações de Poder 360 e Metrópoles