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O Departamento de Comércio dos EUA está restringindo seis empresas chinesas ligadas aos programas aeroespaciais do exército chinês de obter tecnologia dos EUA sem autorização do governo.
A medida ocorre depois que um balão chinês suspeito de realizar vigilância sobrevoou os EUA na semana passada, aumentando as tensões políticas entre as duas maiores economias do mundo.
Caças dos EUA derrubaram o balão, que as autoridades americanas afirmam fazer parte de um extenso programa de vigilância executado pelos militares chineses.
As seis empresas apoiam os “esforços de modernização do governo chinês, especificamente aqueles relacionados a programas aeroespaciais, incluindo dirigíveis, balões e materiais e componentes relacionados, que são usados pelo Exército de Libertação do Povo (PLA) para inteligência e reconhecimento”, disse o Departamento de Comércio do Bureau of Indústria e Segurança.
As seis empresas são: Beijing Nanjiang Aerospace Technology; China Electronics Technology Group Corporation 48º Research Institute; Dongguan Lingkong Tecnologia de Sensoriamento Remoto; Eagles Men Aviation Science and Technology Group; Guangzhou Tian-Hai-Xiang Aviation Technology; e Shanxi Eagles Men Aviation Science and Technology Group.
A inclusão das empresas na “Lista de Entidades” do Departamento de Comércio envia “uma mensagem clara às companhias, governos e outras partes interessadas globalmente de que as entidades da lista representam uma ameaça à segurança nacional”, disse o comunicado.
“O Departamento de Comércio não hesitará em continuar a usar a Lista de Entidades e nossas outras ferramentas regulatórias e de execução para proteger a segurança e a soberania nacional dos EUA”, disse o secretário adjunto de Comércio, Don Graves, no comunicado.
“A Lista de Entidades é uma ferramenta poderosa para identificar e cortar atores que buscam usar seu acesso aos mercados globais para prejudicar e ameaçar a segurança nacional americana.”
“O uso de balões de alta altitude pela China viola nossa soberania e ameaça a segurança nacional dos EUA”, disse o subsecretário de Comércio para Indústria e Segurança, Alan Estevez.
“A ação de hoje deixa claro que as entidades que buscam prejudicar a segurança e a soberania nacional dos EUA serão impedidas de acessar as tecnologias do país”, acrescentou.
A CNN procurou as empresas envolvidas e o governo chinês para comentar, mas não obteve retorno até o momento da publicação desta reportagem.
Créditos: CNN Brasil.