Os 513 deputados federais e 27 senadores eleitos em 2022 tomam posse nesta quarta-feira (1º). Pelo menos 18 destes nomes, contudo, vão se licenciar do Legislativo para assumir ministérios da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou cargos em governos estaduais, o que altera as bancadas.
O PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro,abre a legislatura com o maior número de deputados (99) e a segunda maior bancada no Senado (13), atrás apenas do PSD, que tem 16. Vale destacar, contudo, que o senador Dr. Samuel Araújo (PSD-RO) é suplente de Marcos Rogério (PL-RO). Quando o titular retornar de sua licença de 120 dias, as legendas ficam com 15 e 14.
As siglas do chamado Centrão mais uma vez terão presença expressiva no Congresso. O União Brasil terá 59 deputados e cinco senadores tomando posse; o PP, 47 deputados e três senadores; o PSD, 42 deputados e três senadores; o MDB, 42 deputados e um senador; o Republicanos, 41 deputados e três senadores.
PT elegeu quatro senadores e terá a segunda maior bancada da Câmara, de 67 deputados. Quando considerada a federação, que inclui PCdoB e PV e atuará de forma conjunta, são 80 integrantes.
Ainda no campo da esquerda, que deve compor fielmente a base do governo Lula, o PDT terá 17 deputados tomando posse; a federação PSOL-Rede, 14; e o PSB, 14 deputados e um senador (somando quatro na Casa Alta).
O Parlamento brasileiro ainda terá menos partidos em 2023 do que no início da última Legislatura, há quatro anos. Na ocasião, havia 30 legendas representadas na Câmara e 21 no Senado; neste ano, serão 23 e 12, respectivamente.
Para Luciana Santana, cientista política e professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a menor fragmentação do Legislativo se deve à “aprovação do fim das coligações e à criação das federações”.
Ela considera que isso pode melhorar as relações com o Executivo: “Ter sete partidos a menos na Câmara facilita a dinâmica de negociação”.
CNN