General, que foi ministro da Saúde de Jair Bolsonaro e agora é deputado federal, sofreu processo administrativo do Exército por participar de ato político
A Controladoria Geral da União vai retirar o sigilo do processo administrativo instaurado pelo Exército em 2021 que tinha o general Eduardo Pazuello (foto), então ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro, como alvo, informa o Estadão.
Eleito em 2022, Pazuello tomou posse como deputado federal pelo PL-RJ na última quarta-feira (1º). Na gestão Bolsonaro, o comando do Exército impôs sigilo de 100 anos ao processo, alegando que as informações diziam respeito à vida privada do general.
A apuração de transgressão disciplinar foi aberta pelo Exército após Pazuello aparecer no palanque com Bolsonaro em maio de 2021, no Rio —o Estatuto dos Militares e o Regulamento Disciplinar do Exército proíbem militares da ativa de participar de atos políticos.
Após pressão do então presidente sobre o Exército, a sindicância foi arquivada. Por causa da imposição de sigilo, os fundamentos para o arquivamento são desconhecidos até hoje.
“Além do caso envolvendo o general, a CGU também irá analisar outros 233 processos, todos com sigilo imposto na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro”, escreve o Estadão.