No primeiro discurso público após deixar o governo, o ex-presidente falou para uma organização estudantil de direita, em Miami, nos EUA
Em primeiro discurso público após deixar o governo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta sexta-feira (3/2), que está recarregando as baterias e “não desistirá do Brasil”. A fala ocorreu durante um evento em Miami chamado “Power of the People”, organizado pelo Turning Point USA, organização estudantil de direita.
“Não é fácil ser presidente do Brasil quando você esta do lado certo. Ouso dizer que minha popularidade em 2022 era o dobro do que em 2018, mas temos que pensar para frente. O Brasil é uma grande nação. Ninguém tem o que nós temos”, apontou.
“Nós não desistiremos do Brasil. Recarrego as minhas baterias em momentos como esses. A cada dia que passa, sou mais apaixonado pelo Brasil”, continuou ao som de “nossa bandeira jamais será vermelha”, “Lula ladrão, seu lugar é na prisão” e “2026”, entoado por apoiadores presentes no evento.
Bolsonaro comparou sua antiga equipe do primeiro escalão do governo com a escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aproveitou para elogiar a esposa, Michelle Bolsonaro.
“Vocês acompanham o que acontece em nossa pátria. Só falo uma coisa: comparem os meus ministros com os ministros que temos no Brasil (plateia vaia). Também digo, reparto o nosso sucesso com os meus ministros e minha família. A primeira-dama, para os bons e maus momentos fez um trabalho fantástico para os mais favorecidos no Brasil”.
Na economia, o ex-presidente citou auxílios sociais realizados em sua gestão, além do barateamento do preço da gasolina. Em um tom saudosista, destacou que com mais quatro anos no Poder, o país subiria no ranking do PIB mundial.
“Os nossos números comprovam que o país mais quatro anos conosco tinha tudo para subir mais alguns rankings do PIB mundial”.
Sem citar Lula, disse “ter certeza que o Brasil não se acaba com o atual governo” e apontou “ter consciência de que fez o melhor”.
“Tenho fé, acredito no Brasil e tenho certeza que o Brasil não se acaba com o atual governo. Por vezes, eu perguntava ‘Meu Deus, o que eu fiz para merecer um sacrifício como esse (Ao ser eleito)? Depois, comecei a mudar. ‘Meu Deus, muito obrigada por essa oportunidade’. Não há maior satisfação do que a do dever cumprido. Ter a consciência de que fizemos o melhor”, completou.
“Com todo respeito a todos os países do mundo: não existe país melhor do que o nosso Brasil”.
Correio Brasiliense