Foto: Peter Zay/Anadolu Agency via Getty Images.
Os Estados Unidos (EUA) derrubaram, na tarde deste sábado (4/2), o balão de origem chinesa apontado por Washington como “espião”, que passou os últimos cinco dias sobrevoando o território norte-americano. Mais cedo, o presidente Joe Biden se pronunciou pela primeira vez sobre o dispositivo, e afirmou que o governo do país iria “se encarregar” dele.
Após a declaração do chefe de Estado, a Administração Federal de Aviação (FAA) anunciou que interrompeu as atividades de três aeroportos na região. Os locais fechados ficam na costa leste, nos estados da Carolina do Norte e Carolina do Sul, onde o dispositivo foi localizado.
O balão levou a uma nova escalada de tensões entre EUA e China, culminando no adiamento de uma visita a Pequim do Secretário de Estado estadunidense, Antony Blinken, que estava marcada para este fim de semana.
Em comunicado, a FAA alertou que os militares podem agir se aeronaves violarem as restrições ou não atenderem a ordem de se afastar.
“A FAA interrompeu as partidas e chegadas nos aeroportos de Wilmington (ILM), Myrtle Beach International (MYR) e Charleston International (CHS) para apoiar o Departamento de Defesa em um esforço de segurança nacional”, disse a FAA em comunicado. “A agência também fechou o espaço aéreo”.
Em uma disputa de narrativas, o governo de Xi Jinping garantiu que o dispositivo é usado exclusivamente para fins meteorológicos, e que teria saído da rota original. O Pentágono, no entanto, não aceitou a explicação: “O propósito do balão é, claramente, de vigilância”, disse um oficial americano, que não quis se identificar.
O general Pat Ryder, porta-voz da Defesa dos EUA, na ocasião, explicou em comunicado que balão estava em grande altitude e “não representa um risco militar ou físico” para ninguém em solo e nem para a aviação civil. Até essa sexta-feira (3), não havia planos de derrubar o balão, porque ainda era estudado se os destroços poderiam representar uma ameaça aos cidadãos em solo.
Créditos: Metrópoles.