Foto: Arquivo pessoal.
Faleceu na manhã desta sexta-feira (10) Luiz Sávio de Almeida aos 80 anos. Ele era professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e conhecido no meio acadêmico como um dos maiores sociólogos do estado. A causa da morte não foi informada pela família. Sávio deixa esposa, seis filhos e nove netos.
Alagoano de Maceió, Sávio de Almeida tinha graduação em Ciências Jurídicas e Sociais pela Ufal, mestrado em Educação pela Michigan State University e doutorado em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), além de vários outros títulos. Porém, ele sempre dizia que “os mais importantes são os que lhe foram dados pelo povo pobre e humilde de Alagoas”.
O professor foi autor de diversos livros publicados, organizou cursos, expedições, escreveu peças de teatro, atuou no jornalismo e influenciava gerações de estudiosos das mais diversas áreas, assim como artistas e intelectuais não apenas alagoanos, mas de todo o Brasil.
A morte de Sávio de Almeida foi lamentada pelo jornalista e cartunista Ênio Lins em suas redes socais.
“Luiz Sávio de Almeida, um dos maiores intelectuais em toda história de Alagoas, se foi hoje por volta das 10 horas. Meus sentimentos à família e à cultura alagoana. Viva Luiz Sávio de Almeida”, escreveu Ênio.
Em março de 2022, o intelectual foi homenageado ao completar seus 80 anos e publicou a reedição de uma de suas obras clássicas, intitulada “Memorial biográfico de Vicente de Paula, o capitão de todas as matas: guerrilha e sociedade alternativa na mata alagoana”.
À época da homenagem, a professora do Instituto de Ciências Sociais, Raquel Rocha, que conheceu o professor quando ainda era graduanda de Comunicação Social da Ufal, disse que nutriu uma amizade sólida com Sávio ao longo dos anos.
“Recolho essa lembrança antiga para destacar uma qualidade que considero essencial num professor pesquisador universitário e da qual, certamente, o professor Sávio é um detentor: capacidade para reunir em torno dele jovens pesquisadores de áreas diversas, generosidade no compartilhamento de informações, empatia e acolhimento na escuta de interesses de pesquisa e aposta em jovens talentos – valores caros à prática da formação universitária”, disse a professora Raquel Rocha.
Créditos: G1.