O novo chefe do Estado Maior do Exército, o general Fernando José Sant’ana Soares e Silva, disse que o Brasil terá problemas com a defesa nacional em um “futuro próximo” caso não faça investimentos no setor. Para ele, o aumento de recursos serve para que país não seja coagido por outras nações no futuro.
“Acredito que em algum momento nós [Brasil] vamos ter algum problema de Defesa. Defesa não é um assunto muito importante na sociedade brasileira, porque ninguém ameaça diretamente o Brasil. Mas acredito que em um futuro próximo isso vai mudar, então nós temos que estar preparados”, disse em entrevista ao Poder360.
“As Forças Armadas têm que estar preparadas para ser um seguro da nação brasileira, um seguro da sociedade brasileira, para que a sociedade brasileira não seja coagida por terceiros países”, afirmou.
Soares e Silva é o atual chefe do CMS (Comando Militar do Sul) e ocupará o 2º cargo mais alto do Exército a partir de abril. Assume a vaga de Valério Stumpf, chefe do Estado Maior, que conforme antecipou o Poder360 irá para reserva remunerada por tempo de serviço.
Soares disse ser “muito difícil” que os militares se mantenham “atualizados” sobre as realidades bélicas e confrontos em outros países com o pouco recurso para o setor de Defesa. Afirmou também não ser possível comparar a capacidade militar brasileira com a dos EUA. Mas, segundo ele, é preciso que o Brasil tenha pelo menos uma equipe “em condições de um exército europeu”.
“Ainda que não tenhamos capacidade orçamentária de ter um Exército, por exemplo, não vou nem dizer o Exército dos EUA, que gasta US$ 800 bilhões em defesa por ano, e o Brasil gasta menos que 20 bilhões. Não dá para fazer essa comparação. Mas temos que ter capacidade de pelo menos parte de nossas tropas terem as mesmas condições de um exército europeu”, disse.
Poder 360