O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), acusou o governo do presidente Lula (PT) de ter facilitado a ação de golpistas em Brasília no dia 8 de janeiro para, diante da quebradeira, “se fazer de vítima”.
O governador, que é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), também reconheceu o erro dos radicais bolsonaristas que atacaram as sedes dos poderes da República, mas criticou a generalização e pediu investigações.
“Me parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital do Governo Federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse de vítima. É uma suposição. Mas as investigações vão apontar se foi isso”, disse Zema.
“Você confundir um cidadão de bem com um depredador é erro gravíssimo. Que se puna essas pessoas que fizeram o vandalismo. Agora, estender isso a esses que estão se manifestando de forma ordeira, é uma situação muito distinta”, seguiu o governador, incorrendo no mesmo erro de tratar de forma branda os defensores de um golpe militar, erro, aliás, que levou Ibaneis Rocha a ser afastado do poder pelo STF.
O governador mineiro, por sinal, criticou o afastamento do colega, dizendo que a decisão do STF foi “prematura, desnecessária e injusta”.